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sábado, 28 de janeiro de 2012

O ADEUS DE CARLINDA NUNES A SUA TIA CONSTÂNCIA FARIAS





Essa é a família dos "Ritinhas", como se costuma chamar na minha terra. São filhos do casal João Ritinha e Joaquina Ferreira de Brito (Dona Quina). Eram seis irmãos, dos quais dois já faleceram: Raimundo e Terezinha.
Hoje, dia 28 de janeiro de 2012,  Dona Alzira, Dona Lourdes e seu José receberam, em Itapetim, o corpo da irmã Dona Constância, que faleceu no Hospital Memorial São José, em Recife-PE.

Essa é a família da poetisa Carlinda Nunes de Brito, que nos deixa um livro sobre as suas origens, escrito em décimas, contando toda a sua trajetória, encantando a todos que já tiveram oportunidade de ler.

Clique no Link abaixo e você também terá acesso a sua magnífica obra:

UMA HISTÓRIA DE MUITAS HISTÓRIAS

Hoje tomei a liberdade de trazer um vídeo que foi gravado por ocasião do aniversário de 87 anos de Dona Alzira, a primeira filha do casal João Ritinha e Joaquina Ferreira (Dona Quina)
É uma família privilegiada no que diz respeito a longevidade, hoje Dona Alzira já está com seus 92 anos, e continua lúcida e com relativa saúde para quem tem uma idade tão avançada.
A primeira vista parece um contrassenso postar uma festa de aniversário justamente no dia em que Dona Constância nos priva da sua presença entre nós. Mas ao rever as comemorações, por mais um ano de vida da mãe da nossa querida amiga Carlinda, eu pude constatar que ela comemora a vida da mesma maneira como encara a morte, porque ela crê nas palavras de Jesus Cristo quando anunciou:
"MEU REINO NÃO É DESSE MUNDO"
E na crença de que fomos feitos a imagem e a semelhança de Deus tenhamos por certo que hoje Dona Constância nos deixa saudades da sua doce e carinhosa presença - principalmente para o seu esposo seu Odon, companheiro de tantos anos - mas não restam dúvidas de que é o dia em que comemoramos o início de sua vida eterna, pois que por aqui esteve apenas de passagem :
Seu Odon

Seus sobrinhos, representados por Carlinda, ela que tantas preocupações sentia por ter que voltar a Brasília deixando-os sem sua assistência direta.

Vamos assistir a esse vídeo e dedicar todas essas orações  a nossa querida Dona Constância que voltou para o Pai, deixando muitas saudades nos corações dos amigos e familiares.




R.C. - Todas as Nossas Senhoras

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MORRE O SARGENTO ADEMAR PATRIOTA


Morre aos 66 anos o Sargento da Polícia Militar de Pernambuco, Ademar Patriota.
Nosso abraço fraterno a todos os familiares, que Deus os conforte diante de tamanha perda e que receba o nosso conterrâneo na eternidade com muita luz.



Wolfgang Amadeus Mozart - Requiem (K. 626) - Lacrimosa


Noticiado no Blog de Bernardo - Itapetim. Net
Acesse o link abaixo:

ITAPETIM-SERTÃO, POEMA DE HILDA LEITE MAGUIRE

Residência do Cônego João Leite de Andrade, Itapetim-PE (in memoriam)

Cônego João Leite de Andrade (in memoriam)

Sheila de Almeida Leite, nos tempos de criança. (Filha de Dona Iraci, uma das irmãs do Pe João Leite)

Elas são as irmãs do saudoso Pe João Leite: Iraci, Alice, Laura (in memoriam) e Hilda, também, já falecida.
Mas hoje quero homenagear Dona Hilda (in memoriam), deixando registrado um belo poema que ela fez para sua cidade natal, Itapetim.
Era verão de 1994 em Satellite Beach - Flórida- Estados Unidos, onde ela morava. A saudade da terra amada lhe trouxe a devida inspiração para que ela escrevesse esse belo poema:


Itapetim - Sertão

Ouvi voz silenciosa
Sei que é a voz do sertão
Pedindo-me para voltar.

Ouvi a voz da jurití
A voz do vem-vem,
A voz do bem-te-ví,
E a voz do sabiá...
Ouvi o poeta dizer:
"As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam, como lá..."

Depois dessa experiência
Estou pronta p'ra seguir
E rever o meu sertão.
Acordar de madrugada,
Ver o dourado sol nascer.
Saborear o caldo de cana,
Participar da farinhada;
Na rua, dançar a ciranda
Em meio à criançada.

No "Retiro" *, para o açude
Caminhar, e ver
A água cristalina
Pela brisa matutina
Sutilmente encrespada,
Impregnada
Do seu líquido poder...

Não posso esquecer
 O sertão onde nasci.
Quero ver as lindas plagas
Onde me criei e vivi
Quero ver o beija-flor,
As andorinhas...
E dos tranquilos campos o verdor...

Adoro o meu sertão
Inesquecível que me viu nascer,
Crescer e correr:
Pelos campos ressequidos
Pela ausência das chuvas raras...

Sinto falta do sertão,
E desejo demais voltar
Para entregar-me à essência
Da natureza e cantar.
Revificar as energias
Afinar a inteligência,
Aglomerar forças sadias
Que só o sertão pode dar.

Preciso ouvir o grito do acauã
E o mugir das vacas no curral...
Ser acordada pelo som tão pastoral
Do gato, bem cedinho,
Ao alvorecer da manhã...
Xerém com leite almoçar,
Comer mel de engenho e rapadura
Beber do pote de barro água pura!

Preciso contemplar
A natural singeleza
Dos pintaínhos correndo
Atrás da galinha...

Preciso saborear
A goiaba, a manga e a pinha.
Cheirar a flor do muçambê...
E minhas mãos, nas folhas
Do marmeleiro, esfregar
A fim de sentir seu perfume
Tão doce como a fragância do ipê...

Quero sentar-me à sombra do juazeiro
E meus cabelos lavar
Com a raspa de sua casca;
Que os torna macios e a brilhar.
Sentar-me sobre a sombra espessa
Da baraúna poderosa,
Sempre forte e frondosa
Admirando-lhe os galhos sãos,
Viçosos e pujantes da energia
Que a natureza lhes dá.

xxxxxxxxxxxxx

Em Julho de 1994, ao chegar a  Itapetim, escreveu:

Aqui estou Itapetim! ...
Ouvi teu meigo chamado
E precisava te rever
Necessitava do teu sublime ser
Dize-me o que queres de mim,
Oh! Bem-amada Itapetim!
Diante de ti uma promessa já puz,
De ajoalhar-me e lavar os teus pés
Com a tua própria luz!...

Itapetim, tu és o meu sertão querido!
Tu és minha vida alegre e feliz!
Homenagear-te é o que desejo agora,
Enquanto estou aqui e não fora!
Tu és meu irdescente raio de sol!...
Tu és meu matizado arrebol!...

Eu te adoro Itapetim!

Hilda Leite de MaGuire
Satellite Beach, 16 de dezembro de 1994

* Retiro: É o sítio onde Dona Hilda nasceu.

domingo, 22 de janeiro de 2012

ITAPETIM É REALMENTE O VENTRE IMORTAL DA POESIA


Antônio José Leite

Fábio Jr. - Ai Que Saudade de Ocê


DIVAGANDO
I nstiguei-me a voltar a ITAPETIM
T odos os anos de minha vida,
A prendi a esperar na esperança
... P ara um dia ter a sorte deferida
E ste meu desejo está apenas na lembrança
T ive um sonho, por descaso, conhecido;
I lusões; tive demais,
M as ainda hei de cumprir o prometido.

Eu não sei se a saudade me acabrunha
Ou se me dá mais ânimo pra viver,
Eu só sei que não quero mais morrer,
Sem ter ido aí te visitar.
Muitas vezes me pego a chorar;
Eu não tenho pejo em dizer.
Que as lembranças, que não quero esquecer,
Tornam-me fortes e dão forças pra lutar
Eu prometo: um dia volto lá!
Tomo Deus como minha testemunha.

Antonio José Leite
São Paulo,
(Pinçado do facebook)
 
Antônio José é meu conterrâneo, meu amigo e filho de um dos mais fiéis amigos do meu saudoso pai: Seu Joaquim Leite (in memoriam)

Não há como não lembrar:

Lauro Moreira - Gonçalves Dias Canção do exílio

 
 
  Itapetim- Matriz de São Pedro das Lages

LUIZ GONZAGA - Luar Do Sertão



UM PARCO OLHAR PARA O PARCO LUAR DE SÃO PAULO


"Ao olhar para o luar da cidade de São Paulo, me reporto ao luar de minha cidade (Itapetim-PE).

Lá, me parecia ser um luar para todos, porém, individualmente para cada um. Aqui não, aqui o luar é dividido, a lua parece menor e para muitos, nem chega a aparecer fica escondida por detrás da garoa, da fumaça e dos espigões de concreto que... verticalizam a cidade. É, lá, a lua parece estar bem mais próximo de nós, com certeza! Será que lá ela fica mais próximo mesmo? Ou é porque aqui nós temos que dividi-la? Fico a refletir... Aqui, a lua é seletiva, aparece só para alguns privilegiados. Isto não é nada sociável. Como será que no meu sertão ela consegue “ser tão” mais amiga? Mais integral? Mais particular?

Mas como você sabe, nós precisamos dela, assim mesmo!

Dividamos a lua;

Dividamos esta cidade;

Dividamos o que conhecemos de bom com quem do bem “conhecemos”.

Unamos o nosso PARCO OLHAR para o PARCO LUAR de São Paulo em mais um aniversário."

Antônio José Leite
São Paulo,
(Pinçado do facebook)

Churrasco na Fábrica de Doces Dandão,
oferecido pelo meu saudoso pai Antônio Piancó Sobrinho aos amigos e correligionários, quando do término da sua gestão de prefeito -1963 - 1969
Seu Joaquim Leite (in memoriam), pai de Antônio José Leite é o segundo da esquerda para à direita.

Miltom Nascimento - Canção da América



 Há 47 anos atrás
1964
Antônio José Leite na solenidade de entrega do certificado do curso ginasial . Professor Heráclio, à epoca, Diretor do Colégio Normal Municipal de Itapetim, à sua esquerda
 o prefeito Antônio Piancó Sobrinho (in memoriam)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SANDRA MARA SUPERSTAR NA ESPANHA

Capa do CD de aúdio da cantora Sandra Mara 

Há uns 2 anos atrás eu atendi a um telefonema e me surpreendi com uma voz que tinha um sotaque espanhol. Do outro lado da linha, alguém me dizia ser de Itapetim, e que nunca esqueceu dos tempos em que teve profunda amizade pelos meus pais, meus irmãos e por toda a família do meu marido. 
Perguntava-me sobre minha tia Dolores, a qual tinha sido presidente da Cruzada Infantil. Lembrou-me as noites de Maria, no mês de maio, na nossa Igreja Matriz de São Pedro das Lages, falou sobre o saudoso Cônego João Leite de Andrade... Disse-me que tinha feito parte integrante das apresentações do mês mariano, e que, sob vestes de seda branca e asinhas nas costas, produção da minha tia Dolores, fez o papel de anjinho. 



Falou-me do seu padrinho de batismo, seu João Grilo (in memoriam), por quem padecia de enorme saudades, pois haviam sido vizinhos nos tempos em que morava em Itapetim.

Depois de me perguntar por quase todos os nossos conterrâneos e amigos em comum, ela me disse que havia realizado o seu sonho de ser uma superstar, que havia gravado seu álbum, e que estaria me enviando uma cópia pelo correio. 
Poucos dias depois de termos tido essa conversa por telefone, eu recebi uma encomenda pelo correio e quando a abri  me deparei com um DVD,cuja capa é essa do início dessa postagem. Fiquei surpresa com a bela moça em que se transformou, pois minha lembrança da sua fisionomia reporta-se ao seu tempo de criança lá na minha terra natal. 
Há alguns dias atrás, digitei no Google o seu nome e o nome da música da primeira faixa do seu CD e pude comprovar o sucesso que  a minha conterrânea está fazendo na Espanha:




QUI...así es querida amiga y artista...como dice tú musica...los amigos estan en todos los lados y para todas las cosas,para min es todo un honor estar aqui a tú lado y poder hacer este trabajo contigo y para tí, gracias por querer compartir comigo esta nueva etapa de tú vida y tú vuelta en los escenarios, ademas de dar credito a "nuestra empresa para la produccion,lanzamento y manager...gracias a DIOS ESTAMOS AQUI.... y tú divina, besos Sandra...te quiero.










La cantante Brasileña Sandra Mara,afincada en España a 25 años, canta uno de los temas de su nuevo álbum "EL BESO", en un homenaje al pueblo Español, como dice la canción...La Española cuando besa...besa de verdad...

Vários outros telefonemas recebi da minha amiga de velhos tempos, do "anjinho" das noites de maio, cuja trajetória de vida, desde o dia em que saiu da minha terra, ela me contou com detalhes.
No entanto não me surgiu a idéia, naquele momento, de lhe perguntar se poderia tornar pública aquela historia de uma pessoa guerreira, que venceu e superou todas as suas dificuldades, alcançando, pela sua garra, força e talento a felicidade tão desejada.

Um "beso", amiga, no próximo contato te peço permissão para falar dessa trajetória de vida que a transformou na superstar espanhola: Sandra Mara.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PARA OS AMIGOS QUE COMPARTILHAM AS MESMAS RECORDAÇÕES



"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações,
pois boas lembranças, são marcantes,e o que é
marcante nunca se esquece! Uma grande amizade
mesmo com o passar do tempo é cultivada assim!"

Vinícius de Morais




Essa foto foi tirada em 1939, pertenceu a Antônio Tavares, um velho amigo e conterrâneo.
Somente dez anos após esse garotos terem sido fotografados, foi que eu nasci.
Talvez se essa foto  me tivesse chegado às mãos antes dos meus vinte e três anos de idade, eu simplesmente teria dito que não tinha nada a ver comigo. Hoje eles são meus cunhados e, conseqüentemente, os tios dos meus filhos.
Eles são Geraldo e Pedrinho Rêgo (in memoriam)

Hoje, dedico a minha saudade ao meu cunhado Pedrinho Rêgo, que faleceu muito jovem, por isso conheceu apenas um dos meus filhos, Leo.




Pedrinho, na sua juventude, viveu cercado de moças, rapazes, meninos e meninas. Era o convidado especial para as famosas serestas em noites enluaradas. Carregando o seu inseparável violão, acompanhava as belas vozes das moças de sua época, entre elas: Vilani Patriota, Branca Machado, Jovita Alves ...
Apaixonou-se perdidamente por essa moça bonita de olhos grandes e expressivos, que também gostava de música e tocava sanfona.

Carmelita






Adalberto Confessor e Madazinha de João Pequeno, Carmelita e Pedrinho, os casais de enamorados. Tempos depois, Adalberto e Madazinha se separaram para sempre e escolheram outros amores.
 Da esquerda para a direita: Genedite (Ditinha de seu Otaviano), Donza Marques, Marlene Araújo e Bernadete de seu Inácio Preto.



Pedrinho e Carmelita, continuaram juntos.

Casaram

O casal foi morar com Dona Anita Rêgo(in memoriam), a mãe de Pedrinho. Tiveram três filhos: Paulo, Carlos Alberto e Pedro José, o caçula.
Na foto: Dona Anita, com a neta Maria do Socorro (Coca de Tim), e à sua direita: suas filhas Maria Luíza e Maria do Socorro. À sua esquerda as duas noras: Carmelita e Nita Rêgo, que foi casada com seu filho mais velho, Aderbal Rêgo (in memoriam)

Dona Anita Rêgo e alguns dos seus netos:
 No seu colo, Carlos Alberto (filho de pedrinho e Carmelita).
Sentados: à sua direita, Ana Tereza Vilar (filha de Antônio Rêgo (in memoriam). À sua esquerda: Paulo (de Pedrinho) e Geraldo José, filho de Geraldo Rêgo.
As meninas que estão de pé: Da esquerda para a direita, Ana Maria (filha de Terezinha Rêgo), Maria do Socorro (Coca, filha de Adalberto Rêgo) e Rejane (in memoriam), também filha de Terezinha.

"As coisas que restam sobrevivem num lugar da alma que se chama saudade. A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas foram as experiências que deram alegria. O que valeu a pena está destinado à eternidade. A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo. É para isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular: “Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás...“ Oramos para que aquilo que se perdeu no passado nos seja devolvido no futuro. Acho que Deus não se incomodaria se nós o chamássemos de Eterno Retorno: pois é só isso que pedimos dele, que as coisas da saudade retornem."

Rubem Alves



Dedico esta postagem a Pedro Rêgo, o filho de Pedro José, portanto, o neto de Pedrinho e bisneto de Dona Anita, para que ele possa guardar a memória viva das suas origens.