Dona Constância e o Sr. Manoel Ventura (in memoriam)
(Foto gentilmente cedida por João Ventura - neto do casal)
José da Costa Rego Monteiro irmão de Dona Constância Ventura
(in memoriam)
Ana Vilar Rêgo, esposa de José da Costa Rêgo Monteiro (in memoriam)
(Dona Anita)
O casal José Rêgo e Ana Rêgo Vilar
Aderbal Rêgo Monteiro (in memoriam)
Filho mais velho do casal Anita Vilar e José Rêgo
Segundo José Jóffily (1979, p. 298/299).
"Da morte de João Pessoa até a madrugada da Revolução, vivemos dois longos meses de corre-corres e quebra-quebras sob a trepidação de eloqüências inesgotáveis... Era uma legião sem uniformes. Tinha, porém, um distintivo comum para homens e mulheres: o lenço encarnado na cabeça, no pescoço ou na cinta. A palavra vermelho era empregada como sinônimo de liberal. A partir do dia 27, a casa que não ostentasse uma bandeirola preta ficaria suspeita de perrepismo, isto é, de “assassino de João Pessoa”. Após aquele sábado trágico, as passeatas adquiriram mais alvoroço e maior participação para pressionar o Governo no sentido de mudar o nome da Capital e de adotar a nova bandeira- a do NÉGO até hoje instituída."
José da Costa Rego Monteiro irmão de Dona Constância Ventura
(in memoriam)
Ana Vilar Rêgo, esposa de José da Costa Rêgo Monteiro (in memoriam)
(Dona Anita)
O casal José Rêgo e Ana Rêgo Vilar
Aderbal Rêgo Monteiro (in memoriam)
Filho mais velho do casal Anita Vilar e José Rêgo
A homenagem que faço hoje no "Raízes do Coração" traz uma história que envolve as minhas ligações familiares, pois Anita Vilar Rêgo era minha sogra, avó dos meus filhos, descendente da família Vilar, Dantas e Suassuna. Protagonista da Revolução de 1930 no estado da Paraíba, dado que ela, Dona Anita, era da família de João Dantas, o autor dos disparos que culminou com a morte do então "Presidente" João Pessoa. A família Rêgo/Vilar era militante do Partido Republicano Paulista-PRP, (perrepistas) contra o Partido da Aliança Liberal - AL (liberais), tendo sofrido horrores após a morte do Governador João Pessoa, que naquela época se chamava de Presidente.
"Da morte de João Pessoa até a madrugada da Revolução, vivemos dois longos meses de corre-corres e quebra-quebras sob a trepidação de eloqüências inesgotáveis... Era uma legião sem uniformes. Tinha, porém, um distintivo comum para homens e mulheres: o lenço encarnado na cabeça, no pescoço ou na cinta. A palavra vermelho era empregada como sinônimo de liberal. A partir do dia 27, a casa que não ostentasse uma bandeirola preta ficaria suspeita de perrepismo, isto é, de “assassino de João Pessoa”. Após aquele sábado trágico, as passeatas adquiriram mais alvoroço e maior participação para pressionar o Governo no sentido de mudar o nome da Capital e de adotar a nova bandeira- a do NÉGO até hoje instituída."
E foi nesse contexto político, do ano de 1931, que a família Rêgo, representada pelos irmãos, José da Costa Rêgo Monteiro, Anatólio, Serafina (Finoca) e Constância, além do primo Severino Rêgo, se viram obrigados a migrar de Teixeira - PB para o estado de Pernambucano, pois, na condição de perrepistas, os liberais lhes fizeram toda sorte de perseguição, incendiando suas lojas, empurrando para os subterrâneos do silêncio suas memórias de elites perrepistas derrotadas.
Seu Zé Rêgo e Dona Anita desceram a Serra do Teixeira, do estado da Paraíba, em direção a então Vila das Umburanas, hoje cidade de Itapetim-PE, acompanhados dos filhos: Aderbal, Adalberto (Tim), Terezinha (Teca) e Antônio Rêgo, que ainda era uma criança de braço. Trouxeram com eles parentes e amigos, que também deixavam para trás toda uma vida construída com honra e trabalho, para se esconderem da fúria dos adversários que faziam da morte de João Pessoa um fato político, quando na verdade se sabe que o crime ocorreu em defesa da honra ultrajada. Procuraram o Padre João Leite de Andrade para pedir asilo e, por ele, foram recebidos. Sob a orientação do Padre foram se esconder no Sítio Recanto, na casa de Dona Véinha a mãe do saudoso Antônio Correia.
Passado alguns dias, o Padre João teve informação de que a polícia paraibana estaria no encalço dos fugitivos, então, imediatamente mandou os Jovens Zezo Correia e Crisante Valdivino avisá-los de que teriam que escolher outro esconderijo.
Foram anos de inquietude que a família passou, motivada pelas consequência da morte João Pessoa e de João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna, considerado hoje o maior escritor vivo do Brasil.
Leia mais acessando o link: http://www.dantasvilar.net - A verdadeira História da Paraíba
Não pretendo nesta postagem esgotar o assunto, pois se trata de uma história muito longa e cheia de percalços, quis apenas relembrar os motivos pelos quais a família do meu marido Carlos Vilar veio morar em Itapetim, onde se estabeleceu comercialmente seguindo o mesmo ramo de negócios que havia sido destroçado pela Revolução de 1930. Ainda hoje a loja de tecidos que meu sogro comprou ao seu primo Severino Rêgo, conserva a sua arquitetura, tendo o seu frontispício revestido de originais azulejos portugueses.
AGUARDE A PRÓXIMA POSTAGEM :
HOMENAGEM AO POETA JOÃO VENTURA (Sobrinho neto de José da Costa Rêgo Monteiro)
Foram anos de inquietude que a família passou, motivada pelas consequência da morte João Pessoa e de João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna, considerado hoje o maior escritor vivo do Brasil.
A MORTE DE JOÃO PESSOA
"A desavença entre João Pessoa e João Dantas começou a agravar-se com um fato insignificante.
Segundo Osvaldo Trigueiro no seu livro “A Paraíba na Primeira República”, “quando João Dantas já havia deixado a capital apareceu ali seu irmão Joaquim Dantas, pessoa de condição modesta, que nunca se envolveu em política e há dezessete anos residia no Rio de Janeiro. A ele jamais se imputou provadamente a pratica de qualquer ato ilegal. Sem nenhuma causa aparente a policia mandou prendê-lo e
enviou-o para Piancó, ficando retido por mais de 30 dias na sede do Comando das Operações contra Princesa. O fato transtornou João Dantas que passou um telegrama para João Pessoa responsabilizando-o por qualquer eventualidade que acontecesse ao irmão.
Desse telegrama originou-se a polêmica de extrema violência: o jornal A União, órgão oficial do Governo, passou a atacar João Dantas em linguagem agressiva que era respondida por ele através do Jornal do Comércio no mesmo tom.” O uso do jornal A União era uma prática constante que João Pessoa utilizava para denegrir a imagem de seus adversários. Contra o ausente João Dantas, porém, a ação policial foi ainda mais cruel. Assim é que, “enquanto acontecia a polêmica, a policia arrombou a residência de João Dantas - um sobrado na Rua Duque de Caxias- a pretexto de procurar armas que não foram encontradas. Essa diligência, praticada de forma absurda, foi ruidosamente noticiada pelo órgão oficial.” Não satisfeita com a desnecessária violência, a policia, dias depois, voltou à casa de João Dantas, destruiu os móveis, queimou arquivos e objetos pessoais, revistou todos os papéis e documentos que ali se encontrou e arrombou um cofre que estava fechado. “No dia seguinte o órgão oficial publicava várias cartas apreendidas, as quais eram interpretadas como comprometedoras da honrabilidade da família. Além disso, informava aos leitores que no cofre também haviam sido encontradas cartas amorosas e um diário íntimo, que não publicavam por serem imorais, mas que ficavam na redação à disposição de quem os quisesse ler.” Uma verdadeira exposição foi montada e visitada durante dias por um sem número de curiosos que formavam filas intermináveis. As cartas envolviam o seu pai Franklin Dantas, amigos e clientes do advogado, além de sua namorada Anayde Beiriz, professora conceituada, poetisa e feminista politizada que teve também a sua honra agredida. A repercussão deste fato ainda estava em evidência quando, a 26 de julho, João Pessoa foi ao Recife para, segundo a imprensa, visitar o Juiz Federal Cunha Melo. Alguns escritores porém atribuem a viagem de João Pessoa a um encontro com a cantora lírica Cristina Maristany. No momento turbulento em que se encontrava era natural a presença de uma companhia feminina como forma de confidenciar suas angústias. Tanto é que esteve na Joalheria Krauser e comprou uma jóia, possivelmente para presenteá-la. Várias evidências levam a pensar que realmente era esse o motivo de sua viagem. A primeira delas é o fato de João Pessoa querer viajar sozinho dispensando, inclusive, a companhia de seu irmão Oswaldo. Naquele momento o governador viajar para Recife seria muito perigoso já que Pernambuco era um celeiro de seus inimigos. Os impostos implantados pelo seu governo nas mercadorias vendidas na Paraíba fez várias empresas daquele Estado passarem por dificuldades financeiras e muitas delas chegaram a falência. Uma outra questão que ficou no ar: já que ele voltaria no mesmo dia, por que passou o cargo para o seu vice Álvaro de Carvalho?
João Dantas vinha num bonde de Olinda para Recife quando viu a notícia na primeira página de A União.
Ao ver a noticia publicada no Jornal oficial da Parahyba, João Dantas desceu do bonde onde se encontrava, voltou a sua residência e se armou de um revólver. Percorreu várias ruas da cidade até que viu o automóvel do Governo da Parahyba estacionado na esquina da Rua Nova com Abreu e Lima, fazendo crer que o presidente estava na Confeitaria Glória. Ao penetrar na Confeitaria, reconheceu o presidente que despreocupadamente tomava chá na companhia de três amigos. Eram eles Agamenon Magalhães, Caio Abreu e... “Falta o nome do 3º personagem!!!!”
Aproximou-se da mesa e encarando o presidente disse-lhe:
”Eu sou João Dantas”. Logo em seguida, disparou três tiros, matando o governador.
No primeiro tiro a bala não explodiu, o que leva a crer que a munição era velha ou há muito tempo o revólver não havia sido utilizado. O corpo de João Pessoa foi levado para uma farmácia próxima da Confeitaria onde minutos depois não resistiu aos ferimentos.
Como afirma Trigueiro, “os fatos acima não justificam o crime, mas o explicam como fruto de questão pessoal"."
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A MORTE TRÁGICA DE JOÃO SUASSUNA
"Fim trágico aconteceu também ao pai do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, o Presidente João Suassuna quando foi morto com um tiro pelas costas, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 09 de outubro, há exatamente 81 anos atrás, em represália pela morte de João Pessoa.Segundo Domingos Meireles em seu livro “1930 – Os Órfãos da Revolução”: “Suassuna sabia que pretendiam matá-lo. Num inquérito instaurado no Recife para apurar a morte de João Pessoa, fora indiciado como cúmplice”. Como João Suassuna, na época de sua morte, exercia o mandato de Deputado Federal, gozava de imunidade Parlamentar e só deveria ser julgado com licença da Câmara Federal. Segundo ainda Meireles “Mesmo diante da campanha promovida pela imprensa, a Câmara negou o pedido da Justiça, livrando-o do processo”. Como a decisão fora recente, não retornou logo a Paraíba para evitar provocações. A verdade é que João Suassuna nada tinha a ver com o assassinado do Presidente da Paraíba.
O deputado João Suassuna, às 8 h. da manha, resolvera voltar ao Hotel Belo Horizonte, onde morava, para pegar uma capa, já que ameaçava chover. No caminho, encontrou-se com seu amigo e conterrâneo Caio Gusmão. Os dois perceberam que um estranho os seguia. Em determinado momento ouviu-se apenas o estampido seco dos disparos.
Segundo ainda Meireles, João Suassuna “ao ser atingido pelas costas ainda sacou seu revolver e perseguiu o assassino de arma em punho, mas, ao atravessar a rua, as pernas se dobraram e ele tombou sem vida sobre a calçada”.Na véspera de ser assassinado, João Suassuna escreveu à mulher Ritinha e, sob forte emoção, falou do pressentimento de que talvez não voltassem a se encontrar. Assim escreveu; “se eu desaparecer e não nos virmos mais neste mundo de tristezas e dores pingentes, pode você assegurar aos nossos adoráveis filhos que sou inocente na morte de João Pessoa(“). A todos os nosso parentes e amigos leais, deve você minha amada mulher dar essas minhas declarações, caso venha a perecer como é possível, para que nenhum tenha a mais ligeira dúvida sobre a minha inocência”.D. Ritinha só tomou conhecimento da tragédia um dia depois, através do jornal “Correio da Manhã”, editado por Carlos de Lima Cavalcante em Recife. Impossível descrever o quadro de desolação que se abateu sobre ela e os seus filhos, que nem se quer tiveram como ver o esquife do marido e tão pouco assistir os funerais no Rio de Janeiro. A última vez que o viram vivo foi quando Suassuna embarcou de navio para o Rio de Janeiro no dia 24 de setembro de 1930.João Suassuna era inteligente e culto. Tocava Violão, cantava e compunha versos. Segundo seus amigos, Suassuna tinha um bom humor permanente, possuía talento, veia poética, oratória imaginosa, cultura, memória invejável, coragem leonina e conversa amabilíssima.Foi graças a ele que João Pessoa se tornou Governador, quando cedeu a secessão natural de Júlio Lira, abrindo a vaga e dando-lhe o comando do partido. Por ironia do destino, foi morto covardemente pelas costas, na Rua do Riachuelo no dia 09 de outubro 1930, no Rio de Janeiro, por correligionários de João Pessoa, deixando nove filhos, o mais velho com 15 anos e a mais nova com apenas 1 ano. O nosso homenageado, Ariano Suassuna, com pouco mais de 3 anos apenas de idade."
Leia mais acessando o link: ARIANO SUASSUNA COMPLETA 84 ANOS!
Prédio da Loja Iracema - Fundada em 1930
Nove filhos nasceram do casal Anita Vilar e José Rêgo. Aderbal (in memoriam), Adalberto (Tim), Terezinha, Antônio (in memoriam) e Maria do Socorro são paraibanos de nascimento e pernambucanos de coração. Em Itapetim-PE nasceram: Pedrinho (in memoriam), Geraldo, Maria Luíza e Carlos Rêgo (meu marido).
Também conserva a sua arquitetura original a casa de dois dos irmãos de seu Zé Rêgo: Anatólio e Finoca Rêgo (in memoriam), os quais não chegaram a se casar e moraram debaixo do mesmo teto até o dia em que faleceram.
Casa de Anatólio Rêgo e Finoca (in memoriam)
Uma outra irmã de seu Zé Rêgo, Dona Constância, era casada com seu Manoel Ventura, e dessa união nasceram: Dona Natália, Edviges, Maria Ventura, Feliciana, Dolores, Nanan, João e Francisco.
Todos casaram e tiveram filhos, exceto Maria Ventura que se dedicou como freira a vida religiosa.
Essa é a família a qual me liguei desde 1973 por laços matrimoniais e afetivos ao me casar com um dos filhos de seu Zé Rêgo, o sogro que infelizmente não conheci, pois morreu prematuramente com 52 anos, deixando meu marido, Carlos, órfão com apenas 6 anos de idade.
(...) situações vividas só se transformam em memória se aquele que se lembra sentir-se afetivamente ligado ao grupo ao qual pertenceu.Aliás, ao que pertence, pois só se fez parte de um grupo no passado se se continua afetivamente a fazer parte dele no presente. Se no presente, alguém não se recorda de uma vivência coletiva do passado é porque não pertencia àquele grupo- ainda que pertencesse fisicamente-, já que é o afetivo que indica o pertencimento”.(D`ÁLÉSSIO, 1992, p. 98-99).
AGUARDE A PRÓXIMA POSTAGEM :
HOMENAGEM AO POETA JOÃO VENTURA (Sobrinho neto de José da Costa Rêgo Monteiro)
13 comentários:
Lusa, minha cunhada e amiga,
Excelente narração acerca de meus pais, e relacionada à Revolução de 1930, quando, em Teixeira, sofreram persiguição política, afora prejuízos financeiros, a ponto de terem que se refugiar na então Vila de Umburanas, hoje Itapetim, para não serem mortos, já que esta era a ordem dos que se aliavam aos perrepistas, partido dos Dantas e Suassunas, figuras de destaque político na Paraíba. Receba, pois, meus agradecimentos sinceros pela homenagem aos meus pais e familiares outros, razão maior de nossa existência, que souberam honrar, com lealdade e caráter pleno, suas origens familiares.
@Geraldo Sempre ouvia as narrativas de Dona Anita, minha saudosa sogra, sobre a Revolução de 1930, ela contava com detalhes todas as agruras daquela época de perseguição, principalmente aos que, como ela faziam parte da importante família Dantas, Vilar, Suassuna. Mas nada acontece por acaso, tudo tem uma razão de ser, por conta de terem vindo residir em Itapetim casei-me com o filho caçula, Carlos, e constituímos uma nova família composta, hoje composta de 11 membros entre filhos, netos, genros e noras.Sou feliz e amo minha família e agradeço a Deus todos os dias, por ter colocado vocês em meu caminho, muito me honra ter acrescentado "Rêgo Vilar" ao meu sobrenome de solteira.Um grande abraço, cunhado, obrigada pela sua participação.
Lusa, lí a matéria que você publicou neste blog, envolvendo o princípio de nossas famílias, o princípio de nossas
raízes, uma história, para ler e reler devagarinho, o blog Raízes do Coração, criado por você, que se dedica com
muito amor, paciência e sabedoria, traz riquezas de detalhes, de uma época tão difícil, que viveram nossa
família, nossos avós. Outros familiares meus vão tomar conhecimento dessa matéria, e todos meus irmãos, com
certeza vão querer ler a matéria. Só um coração muito bondoso, iluminada pelas mãos de Deus, como um anjo,
que vem pousar no seio de nossa família, chega para proporcionar, história do nosso passado, apesar de perse-
guições, um desfecho final feliz, com o aparecimento de novas gerações. Para você, um abraço de um amigo,
mais gratificante, do que você recebeu em toda sua vida. João Ventura
@João Ventura
Amigo, eu sempre ouvia pedaços dessa História contados pela minha sogra, mas infelizmente a juventude em contraponto a sua inteligência, memória, tem a inquietude da pressa e não quer perder tempo com o passado. Ao atingirmos a maturidade é que percebemos o quanto desperdiçamos da oralidade dos nossos antepassados e, posteriormente, somos obrigados a catar os retalhos e reconstruir na íntegra um passado que justifique o nosso presente, e que nos leve ao futuro, orgulhosos dos bons feitos e cuidadosos da não repetição de erros que fatalmente tenhamos cometido. Um abraço a todos!
Obrigado, Lusa, por reavivar nossa memória, pois essa viagem ao passado faz bem à alma e deixa a gente feliz. É como se trouxesse o passado para o presente, carregando a bateria e fazendo a vida valer a pena.
Sempre, ao acessar a internet, entro no "Raízes do Coração" é uma página bonita e retrata a vida de pessoas da sua e de outras familias que é motivo de orgulho pra mim, quem sabe, para todos.
@Fernando VilarSei o quanto amava a sua "Mamãe, a outra" , era assim que você e a maioria dos netos a chamavam, a maneira mais representativa de chamar uma avó, porque, de fato, avó é uma outra mãe que a gente tem na vida.Sei também que você ouvia as narrações feitas por ela sobre esse difícil e penoso episódio da vida da família, mas sei também que foi testemunha da altivez com que enfrentaram essas adversidades, deixando para a posteridade um legado de honra, valores e princípios que hoje é motivo de orgulho para todos. Obrigada por interagir, deixando seu comentário à minha postagem. Um abraço.
A emoção toma conta do meu coração, ao ler esta postagem com tantos detalhes e clareza da história da minha família, que se confunde com história politica da década de 30. Pudera eu voltar ao passado, com a maturidade dos tempos atuais,para ter a paciência de agora ouvir da minha querida mãe,a narrativa que a mesma fazia da participação heroica dos meus antepassados,pai, tios, primos e amigos, em defesa dos seus ideais, dos seus sonhos em busca de um pais livre e independente,minha mãe contava a história com muita emoção e dignidade,a luta desse povo não era em beneficio próprio,mas em busca de um futuro justo,digno e independente de uma coletividade,tenho muito orgulho dos meus pais,tenho certeza que trouxe deles, a humildade,a caridade,o respeitos as instituições e as pessoas,a disposição de a todos servir. Parabéns amor,só você teria a capacidade de descrever toda parte da história de nossa família,os detalhes emocionante, que nos remete aqueles anos, mesmo sem o te-los vividos,mas os sentimos nesse momento.Felicidade em ver a loja do meu pai,que até hoje permanece com a família,com Tim, meu irmão e Maria José, minha cunhada,que cuidaram de manter esse patrimônio,que faz parte da memória da nossa terra.A casa de Tia Finoca e Tio Anatólio,que da mesma forma é mantida com as mesmas características da construção original.Não tenho mais palavras,tudo foi dito por você amor,obrigado por você existir e fazer parte da minha vida e da minha família.
@Carlos VilarDe fato, amor, essa é uma História relevante que pertence aos anais da História do Brasil. É uma história triste, um capítulo de sofrimento na vida dos seus familiares, decorrente das injustiças com que foram tratados pela selvageria dos que faziam política naquela época. Hoje, apesar de não estarmos vivendo uma situação ideal, mas pelo menos não estamos sujeitos a essa barbarie. Como já disse em outro comentário: orgulho-me de carregar seu sobrenome-Rêgo/Vilar- e por ter lhe dado três filhos, que representam a continuidade de suas origens. Bjs
@João VenturaRealmente, João, um desfecho muito feliz, pois se os Rêgo/Vilar saíram da Paraíba debaixo de tantas perseguições, nos lugares onde escolheram para refazer suas vidas foram muito respeitados e amados por todos. Muito obrigada pela sua participação e pelas palavras carinhosas, servindo de estímulo para dar continuidade ao meu desejo de resgatar a memória da família e homenagear parentes e/ou amigos, seguindo os ditames do meu coração. Um forte abraço.
Lusa,
Diante teu trabalho ilustrativo da história da Revolução de 1930 para esclarecer a vinda dos Rego/ Vilar para Itapetim , é por demais digna de admiração e orgulho de teus filhos, netos, irmãos e amigos. És uma jornalista nata, uma ativista das narrativas históricas e familiares .
Parabéns, amiga, e que Deus abençoe tamanha inteligência, criatividade e disponibilidade para buscar e esclarecer a história inesquecível dos familiares do Carlos e seus antecedentes políticos e históricos.
Através desta narrativa, entendi o porquê da Família Rêgo/Vilar ser tão reservada, contida, silenciosa, diferente das famílias itapetinenses. Entendi o parentesco de Ariano Vilar Suassuna e toda a história da Paraíba e de João Pessoa. Passei uma tarde inteira estudando e vendo o que não havia visto antes , não por descuido, mas por não ter entendido que a história continuava minuciosamente. Tua pesquisa foi muito importante. Imagino como teus netos e bisnetos irão ver no futuro, não só a história, mas a grande, culta, inteligente e sábia avó que tiveram e tem, pois vais longe!
Fiquei encantada com tudo que li , pois sabia só superficialmente. Tudo aconteceu 10 anos antes do meu nascimento, mas sempre se ouvia falar dos acontecimentos e foi através de convivência com os familiares de Dr. Franklim Dantas, lá da Fazenda São Pedro, onde eles moravam e que hoje pertence a Dr. Romero Dantas.
Valeu amiga , continua nesse trabalho de escritora das histórias que ficaram ofuscadas no passado pois os netos e bisnetos desses personagens desconhecem, uma pesquisa dessa natureza os livros de História não apresentam com tantos detalhes e sequência com que descreveste.
Abraço de Carlinda Nunes de Brito.
Cara Carlinda. Permita-me uma correção. A fazenda São Pedro, realmente pertence a Romero Dantas, porém a de Franklin Dantas chamava-se D. PEDRO II. Localizava-se ao lado e a sede tinha um casarão de dois andares escrito na frente VILA JULHINHA. Também havia uma frase em latim " DEUS FEZ ESSA CASA PARA NOIS". nO lado do prédio, uma estrela de David e o nome D. PEDRO II.
Complementando o comentário anterior, tenho fotografia do antigo casarão, quando adquirido ao Sr. Jacinto Dantas.
@DINAH PEDROSA Obrigada, Dinah, pela visita ao Blog Raízes do Coração, mais precisamente pela correção ao precioso comentário da minha amiga Carlinda. Entrarei em contato com ela e repassarei essa informação. Quanto a foto do casarão que está em sua posse, se não for pedir demais, gostaria que me enviasse cópia pelo meu e-mail, lusavilar@gmail.com, ficaria imensamente grata. Um abraço, volte sempre, sua visita e participação me deixaram muito feliz.
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