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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PUDE SENTIR A PRESENÇA DE DEUS!


Surpresa, desapontamento e tristeza me abatem neste momento de dor e pesar.
Em nome de toda minha família, venho registrar a nossa solidariedade aos filhos, Vandinha, Gleyce, Socorro, e Zé Carlos.

À Lourdes, sua irmã, aos sobrinhos e aos amigos que se privarão da sua presença física.

Poucos dias atrás perdemos a presença de Seu Zezo no nosso TREM DA VIDA, e eu dizia que em Itapetim somos uma grande família, e somos.

Vandinha, uma das filhas de Maria, é casada com Jorge o qual é neto de Tio Joaquim Piancó.
Rita de Cássia, minha irmã, é casada com Tadeu , primo de Maria.
Ao que parece, na dinâmica do TREM DA VIDA, os que desembarcam antes de nós, ao chegarem definitivamente ao destino, juntam forças para unir os que ainda prosseguem viagem.

Maria fazia parte das pessoas amigas. Na sua trajetória de vida , juntamente com os nossaos saudosos Dona Ana e Seu Manoel Alves, Lourdes e toda a família, foi partífice de momentos alegres ou tristes dos nossos familiares.

A notícia do falecimento de Maria nos pega de surpresa, nos deixa atônitos e temerosos pela constatação da nossa vulnerabilidade. A morte tem a idade da humanidade, mas jamais nos acostumaremos com ela.

A saudade ocupa o lugar daqueles que nos deixam, o nosso conforto reside em saber que, AQUELE que dá é AQUELE que tira, ela era do PAI, foi para ELE que ela voltou.

E é de lá, junto ao Altíssimo, que ela continuará a olhar para vocês e confortá-los na hora em que não suportarem tamanha perda. As lágrimas dos seus filhos deverão ter o sabor de quem crer que, "MÃE NÃO MORRE NUNCA, MÃE VIVE ETERNAMENTE NA LEMBRANÇA E NO CORAÇÃO DOS SEUS FILHOS" .

Essa foto foi tirada no dia do seu aniversário. É um lugar tão bonito que não posso deixar de pensar na letra de uma das mais lindas canções de Roberto Carlos:

Além do Horizonte deve ter
Algum lugar bonito
Prá viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...
Lá nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...
Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...

Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...

Se olharmos para este lugar, onde Maria tirou esta foto, com olhos de quem verdeiramente quer saber para onde vamos após a morte física, não teremos mais nenhuma dúvida acerca do que diz Sócrates em relação a morte:
"A morte é uma mudança, uma transmigração da alma do lugar onde nos encontramos para outro lugar. Se a morte é a extinção de todo sentimento e assemelha-se a um desses sonos nos quais nada se vê, mesmo em sonho, então morrer é um ganho maravilhoso. (...)
Por outro lado, se a morte é como uma passagem daqui para outro lugar, e se é verdde, como se diz, que todos os mortos aí se reúnem, pode-se imaginar bem maior?"
Ao olhar para este lugar onde Maria tirou essa foto, eu só posso imaginar que hoje ela quis conversar com Deus, para dizer-Lhe que já O conhecia através da beleza dessa paisagem que denuncia a presença do Criador.
"A morte é a emancipação final que a alma tem com relação ao corpo físico que usou como ferramenta de evolução" (Marcos Túlio)

Ao pensarmos assim, passamos a acreditar na perenidade do ser, ao invés de vida após a morte teremos certeza de que se trata de VIDA após a Vida
Maria deixa saudades para todos nós, todavia ela foi ao encontro de Deus e no reencontro, juntamente com aqueles que chegaram antes dela, haverá uma grande alegria.
A morte nos deixa tristeza, porque ela nos impinge uma enorme saudade que nada mais é do que VONTADE DE VER DE NOVO!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

LUTO EM ITAPETIM!



Itapetim amanheceu mais pobre. Itapetim amanheceu de luto, despediu-se de mais um dos seus poetas. Aos familiares, especialmente aos filhos: Inaldo, Marcos, Vilani e Gracinha por terem sido co-participantes da minha infância e adolescência vividas na minha terra natal, a nossa solidariedade e o nosso pesar por essa imensa perda.
Costuma-se dizer em Itapetim que, de uma maneira ou de outra, todos são parentes. Somos uma grande família. Seu Zezo foi casado com Dona Ditosa, prima da minha avó paterna, Conceição Piancó. Ao longo da vida teve por nossa família uma amizade irreparável, principalmente pelo nosso saudoso pai Antônio Piancó Sobrinho.
Dessa forma, acredito que, com a morte de Seu Zezo, em um dos vagões desse simbólico TREM DA VIDA há uma cadeira vazia, há uma enorme tristeza no coração de todos nós, seus companheiros de viagem.
Irmão de um grande amigo nosso, Inaldo Patriota, significando mais um motivo para nos solidarizarmos por essa grande perda.
Há um livro idealizado por sua filha Sônia Gomes Patriota, a qual encerra o prefácio com as seguintes palavras: “Agradeço a Deus por me conceder a oportunidade de presentear meu pai com a publicação deste livro, isso retrata um pouco do meu amor filial ao tempo em que entrega a Itapetim a ao sertão, mais um registro da cultura emanada dos seus filhos ilustres.”
Não tenha dúvidas, Sônia, o seu gesto, além de revelar o seu amor filial, propricia aos filhos de Itapetim e da Região do Pajeú a oportunidade de sorver nas suas páginas belas poesias escritas por esse poeta que desde 1940 começou a colocar rimas em seus sonhos e em seus anseios.
Muito obrigada, Sônia, por esse maravilhoso presente que nos deu. Quando a saudade do velho amigo apertar, buscaremos nessas páginas as emoções transcritas por esse poeta, cujos sentimentos serão imortalizados.
“José Maria Filho (Zezo Patriota) nasceu no Sítio Aroeira, município de Itapetim, PE em 29 de janeiro de 1917. Filho de Dona Maria Correia, a qual era tia da esposa do nosso inesquecível Tio Levi, que por sinal tem o mesmo nome “Maria Correia”, tendo sido apelidada de Nenen.

Seu Zezo não teve o prazer de conhecer o pai dele, pois, o mesmo faleceu quando ele ainda estava na barriga de sua mãe. Filho adotivo de sua tia Amélia Machado, recebeu todos os carinhos como se filho legítimo fosse.
Foi trabalhador rural e posteriormente comerciante. Começou a escrever suas primeiras estrofes poéticas em 1940, continuando ao longo do tempo, sem disso fazer profissão, a fazer “seus versos” por puro prazer.
Pai de numerosa família, soube sempre amar e respeitar a individualidade de cada filho, o que lhe credita o carinho e o respeito de todos.” (Extraído da capa do Livro “Sertão, Saudade e Poesia”)
PERDOAR NÃO PESA NADA, PESADO É PEDIR PERDÃO
As vezes uma pessoa
A outra faz uma ofensa
Vai pedir perdão e pensa
Que ela não lhe perdoa
Se ela for gente boa
Perdoa de coração
E diz apertando a mão
Você estava enganada
Perdoar não pesa nada
Pesado é pedir Perdão
(Zezo Correia)