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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!

Imagem Internet

Ao me deparar com essa imgem na Internet, imediatamente eu fui buscar uma outra que sempre me casou profunda emoção:


Parecem tão diferentes, mas na verdade são absolutamente iguais. Representam o mesmo gesto de caridade.
É assim que Jesus faz conosco, quando estamos cansados e desesperados. Foi assim que fez o pobre homem, acostumado a ser carregado pelo burrinho, quando o viu cansado, velho e doente, acomodou-o na carroça e, com esse lindo gesto de gratidão, retribuiu o que ele foi capaz de lhe dar nos tempos em que tinha saúde e coragem para trabalhar.

Diante dessa cena que tanto me comoveu, posto para todos os meus amigos e familiares essa mensagem que recebi por e-mail, pedindo a Jesus Cristo que, no ano que se aproxima, ajude-nos a ser mais humanos, mais humildes, mais gratos e reconhecidos por tudo que a vida nos oferece!

FELIZ ANO NOVO!

MINHA_ORACAO_NO_FINAL_DO_ANO_SOM


Obs: E-mail enviado pelo meu amigo e cunhado Geraldo Rêgo

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MORRE A PROFESSORA MADÁ PATRIOTA, EX-PRIMEIRA DAMA DE ITAPETIM

Grupo Escolar D. José Lopes, Professora Maria Madalena Guedes Patriota
Década de 1950
Eu gosto de reviver o passado. Eu gosto de deixar para meus netos como foi viver numa vilazinha do interior chamada Umburanas, lá no meu Sertão do Pajeú, no tempo em que só tínhamos acesso à escola aos sete anos de idade. Antes disso, tudo que sabíamos era através da oralidade dos nossos pais e avós, não tínhamos televisão, não dispúnhamos de jornais ou revistas, a cominicação com o mundo se restringia à escuta de um velho rádio que, na falta da energia elétrica, era alimentado por uma bateria.
Bernadete (Beta), minha irmã,  é mais velha do que eu quase três anos. Ela já freqüentava a escola desde 1954, ano em que eu tinha apenas 5 anos de idade.

Ao vê-la sair de casa, vestida de azul e branco, carregando uma bolsa de livros, rumo à escola, eu não me conformava com aquela situação. Eu chorava todas as vezes que a via saindo para o Grupo Escolar D. José Lopes, que por sinal ficava defronte a nossa casa. Uma das professoras era Dona Madá, a tão temida Dona Madá, pela sua exigência ao cumprimento do dever, à assiduidade, à tarefa feita com zelo, ao comportamento exemplar e ao aprendizado propriamente dito, daquilo que ensinava com tanta competência.

Sentindo-me injustiçada, convenci meus pais a comprarem para mim um uniforme escolar e os mesmos livros que compraram para minha irmã no início daquele ano letivo de 1956.

Naquele ano eu tinha apenas seis anos de idade,  por isso não tinha ainda o direito de matricular-me. Mas de tanto fazer confusão na hora da saída da minha irmã mais velha para a escola, meus pais resolveram atender aos meus apelos.

E assim, naquele memorável dia de volta às aulas, entre os veteranos, eu estreava o meu uniforme novo e saía de casa, segurando a mão do meu pai, em direção à escola, juntamente com minha irmã que já estava devidamente matriculada. Agora, sim, eu era igual a minha irmã, pensava comigo mesma: "Já sou grande, não sou mais aquela menina pequena que minha irmã esnobava quando se vestia para ir à escola".

Lourinha, de olhos verdes, vestida de azul e branco, carregando uma bolsa cheia de livros, não cabia em mim tanta alegria e emoção.



Ao chegarmos no Grupo Escolar D. José Lopes, meu pai se dirigiu a Dona Madá, a professora da minha irmã,  para explicar a minha presença e, encarecidamente, pedir-lhe que me deixasse permanecer na sua sala de aula, independentemente de ter sido matriculada naquela instituição.

Um pouco receiosa - com certeza temendo que eu pudesse perturbar as suas aulas - aceitar-me-ia, mas com uma condição: se o meu comportamento não fosse condizente com as normas da casa, ela me devolveria sem pestanejar. Ao que meu pai, de pronto, concordou com ela.

Eu era uma garota muito sapeca, mas não ousava desafiar as ordens dadas, pois sabia que se isso acontecesse teria que enfrentar os meus pais, e a volta da minha casa era muito dura quando eles tinham conhecimento de que teríamos faltado com os nossos deveres e obrigações, o castigo era por demais severo.

E foi assim que recebi os meus primeiros conhecimentos advindos dos bancos escolares de uma escola estadual, antes já havia estudado nas escolas paroquiais e particulares, mas sem uniforme, na companhia de poucos garotos e garotas da minha época, em nível de alfabetização.

Agora era diferente, eu era uma estudante de verdade. Eu era colega e contemporânea de todos aqueles meninos e meninas que faziam parte da infância da minha terra, naquela época.

Lá estavam, Juca de Seu Sebastião Senhor, Nevinha de Zé Dentista, Gracinha e Edileide Patriota (sobrinhas de Dona Madá), Leninha de Seu Miguel Costa, Eduardo de Dona Joaquina, Hamilton de Seu João Ricardo, Paulo Roberto Gonçalves Lopes (sobrinho do Padre João), Luíz de Dona Carminha, José Carlos Malta, Raimundo de Seu Zé Santos, Carlos de Seu Zé Rêgo (hoje, meu marido) e tantos outros queridos e queridas amigas. Uns mais tarde, outros mais cedo, foram alunos do D. José Lopes na década de 1950, tendo a maioria deles passado pelas mãos da professora Dona Madá.

Dona Madá era irmã da professora Dona Otacília (in memoriam) que, semelhante a ela, também foi responsável pela educação de inúmeras crianças da minha terra,  naquela época.

Era irmã também dos renomados poetas, conhecidos como os irmãos Batista, Dimas, Lourival e Otacílio (in memoriam).

Lourival Batista (acompanhado de sua esposa Helena Marinho
 e o poeta Jó Patritota (in memoriam)

Otacílio e Dimas

Lourival Batista (Louro do Pajeú)

Otacílio Batista (ao centro)


Otacílio e Dimas

Dona Madá foi casada com o Ex-Prefeito de Itapetim, Simão Leite Ferreira (in memoriam).

2º prefeito eleito de Itapetim (1959-1962)

Seu Simão era um comerciante abastado. Proprietário de uma das maiores lojas de tecidos da cidade. Residiu com Dona Madá numa casa grande de 1º andar, vizinho à sua loja, onde nasceram os filhos:
Sheila (bancária aposentada do Banco do Brasil), Charles (também bancário do BB, já falecido), Shirley (promotora e justiça) e Chárliton  (poeta, professor e autor do livro  “Casebres, Castelos e Catedrais”).


Maria das Graças Patriota, Gracinha de Dona Otacília, como a chamávamos, era a sobrinha predileta de Dona Madá. Foi também a minha colega de curso primário, e a minha melhor amiga. Era neste primeiro andar que ficava o quarto que a sua tia querida, "Dadá", reservou para ela. Minha presença por ali, naquela época, era uma constante, dado esses fortes laços de amizade que nós construimos na infância e na adolescência. 

Seu Simão foi o dono do famoso caminhão, que ficou conhecido como "O Jangadeiro", do qual guardamos saudosa lembrança.


E foram essas lembranças maravilhosas, de um tempo tão saudável, de amizades tão sinceras e desprovidas de interesses, onde víviamos quase como irmãos, que me fizeram ficar muito triste quando li no Blog do Jornalista Inaldo Sampaio:


"Morreu no Hospital Esperança, no Recife, nesta segunda-feira, vítima do mal de Alzheimer, Maria Madalena Patriota Leite, popularmente conhecida como “Madá”.
Ela tinha 83 anos de idade, era natural de Itapetim e era a única irmã viva da famosa trindade de violeiros – Dimas, Lourival e Otacílio Batista.
Madalena Patriota era professora aposentada e viúva de Simão Leite, 2º prefeito eleito de Itapetim (1959-1962). O prefeito Adelmo Moura (PSB) decretou luto oficial por três dias.
Ela era mãe de quatro filhos: Sheila (bancária aposentada do Banco do Brasil), Charles (também bancário do BB, já falecido), Shirley (promotora e justiça) e Chárliton (poeta, professor e autor do livro “Casebres, Castelos e Catedrais”).
O corpo será velado em São José do Egito e o sepultamento está previsto para a manhã desta terça-feira no cemitério Campo da Saudade."

Posto aqui este vídeo, de onde extraí a sua foto, para lembrar sua fisionomia, eternizando-a  na memória da posteridade e, no coração daqueles que, como eu, tanto receberam da amada e saudosa mestra. Que Deus a receba na eternidade, permitindo-lhe a graça da salvação.



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MEU MENINO JESUS, AJUDA-ME A ENTENDER A FESTA DE NATAL!






O ROSTO DA FOME


Que vergonha,
O rosto da fome
Tem olhos de criança,
Pele macia e mãos pequeninas,
E traja o presente
Com a cor da esperança
Que os seus olhos vestem dia-após-dia.
Esquecido e calado, vagueia à deriva,
Pela sorte enferma que lhe chora a vida.
Nas mãos, um punhado de restos
Tão mudo e tão mouco…
E o que sobra e que fica
É uma sombra oriunda
Da cegueira de todos!


Que vergonha,
O rosto da fome
Tem olhos de criança!

Ana Martins
Acesse o link:
 (Ave sem asas )

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NO RASTRO DE LUA - 100 ANOS DE GONZAGÃO

1980 - Carlos do Rêgo Vilar e Carlos Leonardo (Leo)
Restaurante "O Laçador" Recife-PE


O dia em que meu filho conheceu o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Naquele dia meu marido chegava em casa com os ingressos para um jantar no restaurante "O Laçador" que seria abrilhantado com a presença de Luiz Gonzaga. Lembro-me de que vesti meu filho, que iria fazer companhia ao pai, com muita tristeza por saber da impossibilidade de também acompanhá-los, pois o meu segundo filho, Carlos Eduardo (Dudu), era um recém nascido e eu não teria com quem deixá-lo.

Leo ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer o nosso Rei do Baião, de quem tanto falava o seu avô, mas já cantarolava suas músicas, já estava acostumado a ir para o sertão de Pernambuco,  para participar das festas juninas, principalmente da Festa de São Pedro, o Padroeiro da nossa terra natal, Itapetim.

Feliz idéia do meu menino, ao subir ao palco registrou seu encontro com o velho Lua!

Ontem, ao abrir o Jornal do Comércio, tive a alegria de ler um especial intitulado NO RASTRO DE LUA - 100 ANOS DE GONZAGÃO, uma homenagem pelos seus 99 anos. Esse caderno especial é o primeiro dos quatro que serão publicados para reverenciar o Rei do Baião.

Diz o Jornal: " O objetivo não é explicar o fenômeno da longevidade da influência de Gonzagão: pretende observar os desdobramentos diversos do imenso legado do artista, em Pernambuco, no Brasil, e no Exterior, onde o Baião, sem apelações ao ufanismo, foi mais influente do que se imagina. Parabéns, pois, para Seu Luiz, o homem que não foi apenas o cantador de uma região, mas de todo povo brasileiro."




" Até os 18 anos eu fiquei ali acompanhando meu pai na roça e nos forrós. Aonde ele ia, eu ia pra ajudar o velho, até que eu arribei.
Caí, entrei no oco do mundo, até hoje."

Luiz Gonzaga (O Pasquim, 1971)


Dedico esta postagem ao meu pai Antônio Piancó (in memoriam), pela sua paixão por tudo que o Rei gravava, ao meu marido e ao meu filho Leo, que me trouxeram do show realizado no Restaurante "O Laçador"  essas duas fotos marivolhosas.


Acompanhe a trajetória de vida do Rei do Baião através dos 4 Cadernos Especiais do Jornal do Comércio.