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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

OS DIAS VOAM, DHOTTA COMEMORA MAIS UM ANO DE VIDA

"Sou uma pessoa igual as demais, apenas com uma diferença:
 Sou diferente de todas elas"
Marcos Dhotta



Clara Nunes - Meus tempos de criança

Meu amigo querido, você não é igual, nem tampouco diferente das pessoas, você não se confunde com ninguém, você É VOCÊ MESMO e  tem um lugar especial no meu coração.
Quanto mais os dias voam, quanto mais o tempo passa, mais aumentam a minha admiração e a minha amizade por você.
Desejo no dia de  hoje, dia do seu aniversário, que continue compondo a sua história, sem pressa, porque você já provou que é capaz de ser feliz.

Deus esteja sempre com você, nos dias que voam e nos dias que parecerem intermináveis.

Um beijo no seu coração!

Almir Sater & Maria Betânia - Tocando em frente



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

QUE BOM TE ENCONTRAR, ROSINHA!


Um dos inúmeros comentários postados no meu "Raízes", assinado por Rosinha:

"Estou simplesmente maravilhada com seus blogs. Parabéns sinceros do fundo do coração, são feitos com amor, verdade e sabedoria. Os meus são feitos por uma principiante, mas com os mesmos ideais, pode crer, minha amiga, deixe que a trate assim, pois é o que sinto. Adoro a família, tenho uns filhos e uns netos que são meu encanto e que andam sempre no meu coração.
Rosinha."
O meu coração me levou à Coimbra, precisava conhecer de perto essa portuguesa que, mesmo sem me conhecer pessoalmente, mesmo estando além mar, julgou-me ser uma pessoa sincera, verdadeira e sábia, capaz de guardar e distribuir  amor àqueles que me são caros.

Há tempos vínhamos trocando comentários em nossos blogs. Postei minhas impressões e meus agradecimentos nos seus blogs: Amor Maternal e De Tudo um pouco , mas o desejo de conhecê-la pessoalmente era algo que não conseguia tirar do meu coração, principalmente porque, ao ler suas postagens, senti enorme identificação de perfil: amante da família, mãe e avó dedicada.

Ao programar nossa viagem à Europa fizemos questão de incluir Coimbra, pois, lá estava Rosinha, e o meu coração não me perdoria se deixasse escapar esta oportunidade de ouro. E assim, ainda em Paris, falei com ela pelo computador, ficou acertado que ao chegarmos em Lisboa combinaríamos dia e hora para o nosso encontro.

Partimos de comboio para Estação do Oriente, e lá chegamos por volta de duas horas da tarde. Ao desembarcarmos eles estavam na plataforma à nossa espera, abraçamo-nos como velhas amigas, embora nunca tivéssemos nos visto pessoalmente.
Rosinha estava em companhia do seu esposo, Paulo, tão simpático e acolhedor quanto ela, nos recebeu com a mesma amabilidade.

Nunca fomos tão assediadas pela imprensa local (Paulo e Vilar), cada um a seu tempo clicava para fotografar a alegria das amigas que acabavam de deixar de ser virtuais, para agora, sim, serem de carne e osso.




E ali, defronte uma para a outra, sacramentamos a amizade que já existia, antes mesmo de nos conhecermos pessoalmente. Os maridos também trocavam suas conversas e, naquele momento, recebemos o convite para o almoço que o casal nos ofereceu no Restaurante Pedro dos Leitões, um ponto turístico imperdível para quem visita Coimbra.


O mais conhecido e o mais antigo dos restaurantes da Mealhada é o "Pedro dos Leitões". Álvaro Pedro, antes de se instalar em sua própria cidade de nascimento, morou no Brasil, em São Paulo, onde não se deu bem no negócio de restaurantes. Na década de 40, numa casa modesta junto à estrada Porto-Lisboa, começou a tornar famoso o leitão da Bairrada, que antes era circunscrito ao consumo doméstico da própria região. No princípio dos anos 50, com a inauguração da auto-estrada e o aumento do tráfego entre Lisboa e o Porto, o restaurante cresceu e hoje é uma casa ampla que atende a mais de 800 pessoas por dia em cada fim de semana.

Provamos dos leitões do Pedro, uma delícia! Melhor ainda, a companhia do amável casal que nos recebeu de maneira impecável, entre um garfo e outro íamos debulhando rapidamente algumas de nossas histórias.

Leitões inteiros


Servidos à mesa



Lindo quadro de azulejos na parede do restaurante.

"Para quem sái do Porto de carro em direção a Lisboa, pela auto-estrada A1, a apenas 17 quilômetros de Coimbra está situada a Mealhada, na região da Bairrada, famosa por seus vinhos encorpados e pelo Leitão à Bairrada, glória e orgulho da gastronomia portuguesa.
É um dos dezenove "Concelhos" do Distrito de Aveiro. Os "concelhos" são o equivalente aos distritos de um Município, no Brasil. Na entrada da cidade, como um portal que identifica a sua principal atividade econômica, está exposta num conjunto de azulejos a imagem de um homem assando um leitão enfiado num espeto, num forno de barro muito usado na região. Azulejos como os que existem até hoje no Brasil, na nossa herança cultural portuguesa guardada nas igrejas coloniais, só que, ao contrário daqueles da Mealhada, os nossos contêm imagens de santos e cenas religiosas."






Ao témino do delicioso almoço, os nossos amigos nos convidaram para fazer um rápido passeio pela Cidade de Coimbra, teria que ser rápido mesmo, pois já estávamos com o bilhete de volta à Lisboa, não poderíamos nos demorar para não perder o horário do comboio.

Partimos em direção a Universidade de Coimbra e, por lá, ainda tivemos a oportunidade de conhecer coisas maravilhosas a exemplo do "Retiro dos Poetas", um local onde estudantes que passaram pela Universidade voltam para gravar seus poemas de saudades e agradecimentos. Em blocos de alvenaria, vão deixando poemas evocando os bons tempos em que alí adquiriram seus conhecimentos, tornando-os profissionais.





Os nossos amigos nos levaram para um tour na cidade, apesar do curto tempo conhecemos, graças a Paulo e Rosinha belos lugares. Vejam alguns dos principais lugares por onde passamos:




Os Arcos do Jardim ou Aqueduto de São Sebastião, situados em frente ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, foram outrora um aqueduto romano, que servia para abastecer a alta de Coimbra.
Construído pelo engenheiro italiano Filipe Terzio no reinado de D. Sebastião, sobre ruinas de um aqueduto da época romana, ligava os morros onde se situavam o mosteiro de Santana e o Castelo, vencendo uma depressão em vinte e um arcos.
Por sobre o Arco de Honra existe um conjunto de duas esculturas representando, do lado Norte São Roque, do lado Sul São Sebastião.
(Texto: Wikipedia)



COIMBRA (Portugal): Igreja de São Tiago - Sé Velha 


"A Sé Velha é um dos grandes expoentes do românico português. Erguida num período em que a fronteira entre cristãos e muçulmanos assentava na linha do Mondego, conservou traços de igreja-fortaleza, com fachada rematada por ameias. Exteriormente domina o românico. No interior são visíveis outros estilos. É o caso da Porta Especiosa, na fachada lateral norte, que data da segunda metade do século XVI, atribuída a João de Ruão. A cabeceira é formada por uma ábside do século XII, rematada por uma cúpula do século XVII. O claustro é uma das primeiras obras góticas do país.

O aspecto mais notável da decoração românica da Sé Velha é o grande número de capitéis esculpidos (cerca de 380), que a converte em um dos principais núcleos da escultura românica portuguesa."





Igreja de Santa Clara

Nesta Igreja está sepultada a Rainha Izabel de Aragão. Local de repouso final depois de tersido trasladada do seu antigo convento "Convento de Santa-a- Clara - A Velha". Neste momento os seus restos mortais repousam num túmulo de prata, mas o túmulo original em pedra de ançã também se encontra nesta igreja no coro baixo.



Santa Izabel - A Rainha Santa




Do Miradouro do Vale do Inferno avistei a belíssima Coimbra!


Situado na margem esqueda do Mondego, que oferece as melhores vistas de uma cidade cheia de miradouros, este é, possivelmente, o mais espectacular. Fica na antiga estrada que descia para a ponte de Santa Clara e oferece o panorama mais "completo" sobre a cidade do Mondego, abrangendo o Choupal, a Lapa dos Esteios, a Quinta das Lágrimas, as margens e o curso do Mondego, bem como a Baixa e a Alta da cidade.

Terminado o nosso maravilhoso e corrido passeio pelas ruas de Coimbra, Paulo e Rosinha fizeram absoluta questão que fôssemos até a sua residência, onde posamos para as fotos finais e recebemos três belíssimos presentes:




Um excelente vinho do Porto


Um pano bordado no tear.



A Imolização Gessada Convencional/Clássica em Ortotraumatologia
(De Paulo Homem)
Por fim, Paulo nos levou para conhecer o seu cantinho de "caríssimas catrevagens" dentre as mais belas, uma coleção de candeeiros antigos, onde ele me afirmava que só estava precisando de um único modelo para terminá-la. Lembrei-me naquele momento do meu primo/cunhado, Heráclio, que também curte a sua aposentadoria na garagem de sua casa, numa oficina que apelidamos de "A Oficina do Professor Pardal". 
Claro que me lembrei de Dhota, meu amigo e conterrâneo, por causa do seu blog Caríssimas Catrevagens onde ele faz resgates tão significativos de memoráveis lembranças relativas a coisas que já não existem mais.

O mais recente trabalho do meu mais novo amigo, Paulo, é a recuperação da cama que pertenceu ao senhor seu pai:


 Fiquei maravilhada !

Aqui deixo registrada a nossa passagem por Coimbra, e os nossos agradecimentos pela calorosa recepção do casal Rosinha e Paulo, e quero deixar também a certeza de que ter estado com vocês faz parte das coisas que não se tiram do coração. Resta-nos, para completar a nossa alegria, recebe-los no nosso Brasil, lhes assegurando que de tudo faremos par retribuir tantas gentilezas.


VÍDEO QUE GUARDA IMAGENS DA NOSSA VISITA A COIMBRA


  

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

VEJA SÓ QUE FESTA DE ARROMBA - ANIVERSÁRIO DE GLEICY



Ao retornarmos da nossa viagem de férias, logo avistei o convite para a festa de aniversário de Gleicy que havia ficado sobre a minha escravaninha. O convite nos avisava que o tema da festa seria "Anos 60".

Ah! Anos 60! Acendeu-se no meu coração a chama que outrora me tinha queimado por dentro e por fora naqueles anos idos de juventude. A primeira das lembranças que me surgiram na mente foi a da casa do saudosos Dr. Clístenes Leal, cujas portas se abriam aos sábados à noite para receber a turma do iê iê iê da minha pequenina Cidade, Itapetim.


Dr. Clístenes Leal (in memoriam) e seus filhos Fernando e Gilberto
(Construção da sua residência)

Do iê-iê-iê? Nunca havia me perguntado a origem disso. "Iê-Iê-Iê" foi usado como denominação do rock'n'roll brasileiro da década de 1960. O termo surgiu a partir da expressão yeah, yeah, yeah, presente em algumas canções dos Beatles, como She Loves You, por exemplo, o mesmo aconteceu na França onde o pop rock local sugido em meados dos anos 50 recebeu o nome de Yé-yé.

O diferencial do iê-iê-iê para a MPB tradicional era que nos acompanhamentos das canções havia sempre as guitarras elétricas substituindo o violão. Depois seria introduzido o órgão eletrônico, no lugar do piano. O rock começou a dominar o iê-iê-iê a partir dos grupos que se apresentavam no programa Jovem Guarda.

Quando li o convite de Gleicy relembrei com muitas saudades aqueles embalos dos sábados à noite na residência do amigo inesquecível, primeiro médico da minha cidade, a quem minha família devotou imensa afeição. Dona Ivanira (in memoriam) sua esposa, nos acolhia com muita simpatia. Transformavam a sala de visitas no dancing e a radiola se encarregava de soltar o som no ambiente com as músicas da época, todos entravam no embalo do rock e do twister. Pouco a pouco as famílias itapetinenses foram se revesando e, a cada sábado, escolhíamos uma casa para realizar os nossos famosos "arrastões".

 

Outro dia encontrei um arquivo na net sobre a Jovem Guarda. Tratava-se de uma aula de História na qual o autor dizia que havia preparado aquele material para que os alunos pudessem ficar a par de como viveram socialmente seus "antepassados". Antepassados? Santo Deus! Eu que, até então, achava que "antepassado" era termo para meu bisavô, meu avô ... E agora eu estava enquadrada também.

Pensando bem, até que mereço o enquadramento, pois já estava com dez anos quando Brasília, a nova capital do meu país, foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960, época em que cursava o primeiro ano ginasial no Colégio Normal São José, na Cidade de São José do Egito.

Aos onze anos de idade eu tive a notícia de que o primeiro homem havia ido ao espaço sideral, o cosmonauta Yuri Gagarin, mas só soube disto por causa do frevo "A lua disse", sucesso do carnaval pernambucano de 1962, na voz de Evaldo França:

 "Gagarin subiu, subiu, subiu, / foi até o espaço sideral, / chegou perto da lua e sorriu, / vou embora pro Brasil que o negócio é carnaval. / A lua disse: "Não vá, demore mais, / pois ouvi que lá na Terra querem me passar pra trás" / Mas o gagarin não ligou e deu no pé: / "Vou mesmo pro Brasil, eu quero é conhecer Pelé".
 
Enquanto no Brasil o Presidente Jânio Quadros  renunciava, nos Esatados Unidos as relações Diplomáticas com Cuba foram cortadas. Foi uma década onde perdemos pessoas muito importantes no cenário mundial:

O presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, foi assinado durante uma visita a Dallas, no Texas, em outubro de 1967 Che Guevara foi executado na Bolívia e em 4 de abril de 1968 Martin Luther King Jr também perdeu a vida em defesa dos direitos civis do negros dos EUA.
 
Poucos privilegiados tinham televisão na minha terra, e, mesmo assim, a imagem era péssima. Não se tinha jornais nem revistas e as notícias do mundo, para os demais,  chegavam pelo rádio.
Vivenciei essa década, de 1963 a 1969, como filha do prefeito da cidade.  Em 31 de Março de 1964 o golpe militar derrubou o presidente João Goulart e o mandato de prefeito do meu pai foi prorrogado por mais dois anos.

Em 9 de Fevereiro de 1965 as primeiras forças de combate dos EUA são enviadas para o Vietnã do Sul. Começa a Guerra. Quem não lembra da uma das músicas mais ouvidas pela nossa geração? Era um garoto, que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones ...

Em 20 de Julho de 1969 Neil Alden Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua, como comandante da missão Apollo 11. Nã posso esquecer do meu cunhado Aderbal (in memoriam), o irmão mais velho do meu marido, quando fez suas observações sobre aquela importante conquista para o mundo. Ele olhava para as pessoas que disputavam um lugar diante da televisão e dizia repetidas vezes:

- Deixem de ser bobos, num tá vendo que isso mentira. Onde já se viu uma coisa dessa! Que homem na Lua coisa nenhuma!

Interessante é que há poucos dias atrás lí algo nesse sentido, não me lembro mais quem escreveu, mas o artigo punha em dúvida uma das mais importantes conquistas dos Estados Unidos da América.

Tenho a impressão de que meu cunhado estava influenciado por essa música do carnaval de 1961 gravada por Ângela Maria.



Antes de sairmos para a festa de Gleicy eu me lembrei, com muita saudade, de vários dos nossos amigos que fizeram parte do nosso grupo nos anos sessenta. Com o coração apertado me lembrei de Vilani e Jazon (in memoriam). Não esqueci do amigo  Zé Belém que dava os melhores passos no twister. Nem tampouco de Amauri, Peba do Padre, Hamilton, Ednólia, Giba, Gracinha de Dona Otacília, Leninha, Nevinha, Lourdinha e Do Carmo de Zé Dentista, Dadinho, Poroca, Socorro, Zé Carlos Malta, Madá Lenheiro, Pedrinho, Gracinha de Zezo, Bernadete e Zé Humberto, tantos outros que aqui não teria espaço para citar.



Prontos para a festa, a minha neta Mariana registrou em foto. A foto colorida foi vista pelos olhos e a preto e branco pelo coração. Afinal, estávamos prontos para entrar no túnel do tempo, iríamos aos Anos 60, anos Dourados.


1968 - Festa no Colégio Normal Municipal de Itapetim


Em cada uma das músicas, uma doce recordação: um rosto de um amigo, um gesto, um passo de dança, uma piada, um perfume, uma história, nos leva a certeza de que "tem coisas que a gente não tira do coração" e os Anos 60 vividos na nossa terra é uma delas.


MOMENTOS NA FESTA 
























Para Gleicy, desejando-lhe muitos anos de vida.
Meus agradecimentos pela oportunidade de participar
da sua "Festa de Arromba"



VEJA TODAS AS FOTOS





DEDICO ESTA POSTAGEM A ANIVERSARIANTE E AOS QUE
CONVIVERAM COMIGO NA DÉCADA DE 1960 


Visite "Pássaros Soltos" - Blog de Enaide Alves e veja mais fotos desta "Festa de Arromba"